Ponte Ferroviária, adaptada a ciclovia. Integra a Ecopista do Dão que se estende por 49 km de Viseu a Santa Comba Dão. |
Fizemo-nos à estrada por volta das dez da manhã, depois do pequeno-almoço. Que o tomámos na Casa de Igarei. E que, aliás, recomendamos não só pelo pequeno-almoço, mas também pelo conforto e conchego da casa, tipicamente beirã, e pela proximidade de Vouzela, São Pedro do Sul e Viseu. Demorámos cerca de 20 minutos de Igarei a Vouzela, com paragens frequentes. Que a paisagem sugeria o uso compulsivo da máquina fotográfica. E exigia a minha atenção, ou melhor eu entreguei-lha sem resistência. Que majestosa é a imensidão dos verdes e dos acastanhados que vestem as encostas da Serra do Caramulo.
Rasga-a a ponte. Que se me impôs diante dos olhos. Que, pela imponência, roubou, por momentos, o protagonismo ao verde. E que oferece uma vista privilegiada da vila; das ruelas e das pontes, com origem na época romana, dos solares e das casas senhoriais, edificadas com o granito típico da região, da arquitetura religiosa e das serranias que a abraçam.
Parecia adormecida,a vila, nas margens do rio Zela. Que lhe empresta parte do nome. Que a outra parte deve-a ao Vouga. Comecei a perguntar-me pelas pessoas. Pelos habitantes da Vouzela. Que não havia avistado ninguém, ainda. Os primeiros, aliás as primeiras, que eram senhoras, encontrei-as à porta do Café Central. Que também eu escolhi para experimentar os famosos Pastéis de Vouzela.
Parecia adormecida,a vila, nas margens do rio Zela. Que lhe empresta parte do nome. Que a outra parte deve-a ao Vouga. Comecei a perguntar-me pelas pessoas. Pelos habitantes da Vouzela. Que não havia avistado ninguém, ainda. Os primeiros, aliás as primeiras, que eram senhoras, encontrei-as à porta do Café Central. Que também eu escolhi para experimentar os famosos Pastéis de Vouzela.
O Café Central fica na Praça da República, e pareceu-me que grande parte da vida social de Vouzela passa por ali, entre um pastelinho, umas compras no Mercado Municipal e uma visita à Capela de São Frei Gil ou à Igreja da Misericórdia, cuja fachada se encontra totalmente revestida com azulejos. A capela foi construída em honra do padroeiro da vila, Frei Gil, é pequenina e o destaque vai para o altar, em talha dourada, e para a fachada exterior, ao estilo barroco. Do património religioso da vila fazem parte também a Igreja Matriz, a Capela de São Sebastião e a Ermida de Nossa Senhora do Castelo.
As ruas animaram com a aproximação da hora de almoço. E o comércio tradicional pareceu respirar de alívio. Infelizmente a Biblioteca Municipal continuou fechada. Na impossibilidade de dar uma espreitadela ao património literário, acabei por entrar no Museu Municipal, que reúne algumas peças interessantes, no que respeita ao património etnográfico da vila, nomeadamente à produção e usos do linho.
Interior da Capela de São Frei Gil [ século XVII] |
Igreja da Misericórdia [ século XVIII] |
Igreja Matriz, data do século XII. |
Museu Municipal de Vouzela. |
Produção e Usos do Linho, exposição permanente no Museu Municipal de Vouzela. |
Vouzela tem raízes ancestrais, comprovei-o no passeio pelas ruas, cujo traçado data da época romana, nas casas senhoriais e nos solares, edificados com o granito típico da região. Passeio que acabou por ser bastante curto. Que, há volta da vila, a Mata de Nossa Senhora do Castelo, a Mata da Penoita e a Reserva Botânica de Cambarinho são de visita obrigatória.
A Mata de Nossa Senhora do Castelo localiza-se a 3 km de vila, a 520 m de altitude, e há quem diga que é o mais belo miradouro da Beira Alta, uma vez que oferece uma vista privilegiada sobre Vouzela, São Pedro do Sul e o Vale do Vouga.
Mata de Nossa Senhora do Castelo |
A Mata da Penoita combina espécies autóctones e exóticas formando um conjunto de rara beleza. No Verão é o local ideal para passear e "piquenicar", à sombras dos frondosos carvalhos, nos parques de merendas. No Outono, o solo veste-se com as cores próprias da estação. Aqui e ali brotam cogumelos de várias formas e feitios. O sol espreita entre as árvores despidas e a mata ganha uma atmosfera quase mágica.
A Reserva Botânica de Cambarinho é um dos ex-libris do concelho de Vouzela e da Serra do Caramulo. São 24 hectares de área protegida, em nome do loendro, uma espécie rara, que abunda no local. E que na época de floração, entre Maio e Julho, proporciona aos visitantes um espectáculo exuberante, com muita cor à mistura.
A Reserva Botânica de Cambarinho é um dos ex-libris do concelho de Vouzela e da Serra do Caramulo. São 24 hectares de área protegida, em nome do loendro, uma espécie rara, que abunda no local. E que na época de floração, entre Maio e Julho, proporciona aos visitantes um espectáculo exuberante, com muita cor à mistura.
Reserva Botânica de Cambarinho. |