quinta-feira, 30 de abril de 2015

No Quénia # From Kibera with Love #


 No Quénia, a educação é um luxo. E um prato de comida quente também. O acesso a cuidados de saúde é caro e os rendimentos das famílias escassos. Na maior favela do mundo, em Nairobi, as crianças são felizes sem rigorosamente nada. Vagueiam, o dia inteiro, ao acaso. Sujas. Descalças. Indefesas. Procuram comida nas lixeiras a céu aberto, que estão por todo o lado. A maioria não vai à escola. Não sabe ler, nem escrever. O futuro há muito que está traçado.Nasceram condenadas à miséria.
 Marta Baeta acredita que pode mudar o mundo, pelo menos daqueles com quem se cruza. Partiu para a Kibera, há uns meses, com um objectivo bem definido assegurar a educação, a alimentação e cuidados de saúde aos seus meninos, como carinhosamente lhe chama.
 Os dias começam muito cedo para a super mãe Marta. Há uma casa para gerir. O pequeno-almoço para preparar. Roupas para lavar. Compras para fazer. Há que providenciar a higiene das crianças. Levá-las à escola, garantir uniformes e refeições para o horário escolar. E depois, são as formalidades com as escolas e com os centros de saúde. E as vacinas. E miúdos que adoecem. E outros que partem a cabeça. E outros que querem, simplesmente, colo.
Há dias em que tudo lhe acontece. Há alturas em que os fundos escasseiam e a esperança desvanece. Nada que a faça desistir daquelas crianças.





                        



                     


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