Sou de Coimbra. Mas, rendi-me ao Porto, há 6 anos. Ao meu Porto, onde sou sempre bem recebida. No meu restaurante, nos Aliados. Na minha gelataria, a Sou Sweet. Ou em qualquer outro lugar, onde entre como desconhecida.
Gosto das avenidas largas. Cheias de luz. Da arquitectura moderna, de que é exemplo a casa da Música. Mas também das ruelas estreitas da Ribeira. Do casario. E do rio.
Ah, o rio. O Douro. Corre tranquilamente ao encontro do mar. É comum o vagar que aos rabelos. Balouçam ao sabor da corrente junto às margens. Destituídos do seu papel principal, o transporte do vinho, resta-lhes subir e descer o rio carregados de turistas. E, carregados saem também os cruzeiros do Cais de Gaia em direção ao Alto Douro.
A ponte. Gosto da ponte. Da imponente D. Luís I. Há estórias de amor na ponte sabiam? São às centenas os cadeados. As chaves, guarda-as os rio. E, há também meninos. Os meninos do rio. É assim que lhes ouço chamar. A razão é simples. Trágica, por vezes. Os meninos atiraram-se à água a partir do tabuleiro inferior da ponte, para júbilo dos estrangeiros.
Gosto da Baixa, considerada Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, desde 1996. Do bulício de Santa Catarina. Nas lojas e à volta do Majestic. E da arquitectura da Avenida dos Aliados, a começar pelo belíssimo Palácio das Cardosas. Da imponência da Sé, donde o bairro, ao qual empresta o nome, se estende até à Ribeira. E da Torre dos Clérigos, obra de Nicolau Nasoni. E, ainda, das fachadas. Das varandas. E das flores que as enchem de cor, na Primavera.
E, por falar em flores, não me podem esquecer os jardins. Serralves, tranquilo. O Botânico, inspirador. Os Jardins do Palácio de Cristal, românticos. E o Parque da Cidade, perfeito para passeios pedestres. Passeios que podem muito bem terminar na Foz. No Edifício Transparente, mesmo em frente ao mar.
Ah, o Porto. O meu Porto é lindo de morrer.
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